Carlos Arthur Thiré
1917 - 1963
Thiré foi um multiartista de grande importância para as artes brasileiras.
Carlos Arthur Thiré (Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1917 — Rio de Janeiro, 11 de março de 1963) foi um desenhista, pintor, cenógrafo, figurinista, quadrinista e cineasta brasileiro. Filho do professor de matemática Cecil Thiré, foi casado com Tônia Carrero, pai do ator Cecil Thiré, falecido em 2020 e avô de Carlos, Luisa, Miguel e João Thiré.
Também foi casado com Márcia Pedroso Horta onde foi pai da atriz e produtora Barbara Thiré e avô de Rodrigo Thiré e Camila Thiré.
Thiré desenhou várias histórias em quadrinhos porém seus trabalhos mais popular foram os Três Legionários de Sorte e Raffles.
Carlos Arthur Thiré
Carlos Arthur Thiré nasceu na Tijuca, Rio de Janeiro em 9 de outubro de 1917. Foi quadrinista, ilustrador, artista plástico, cenógrafo, desenhista de publicidade, escritor, ator, roteirista e diretor para o teatro, cinema e TV. Foi casado com a grande artista Tônia Carrero, com quem foi pai do ator Cecil Thiré.
Nos quadrinhos, desenhou em sua juventude. Sendo apresentado para o jornal A Noite pelo amigo de seu pai, o matemático (assim como seu pai) Malba Tahan, logo viraria colaborador no Suplemento Juvenil, de Adolfo Aizen.
Na revista O Tico-Tico, criou inúmeras histórias, com destaque para O Gavião do Riff, sua série de HQs inicial, de 1936, onde narra a vida na Legião Estrangeira. Seu personagem principal, Raffles, era baseado no ladrão criado por Ernest William Hornung, cunhado de Sir Arthur Conan Doyle.
Outra série célebre, Os três legionários da sorte, foi criada para a revista Vamos ler!, na forma de conto, e logo seria adaptada para os quadrinhos. Nessa mesma revista criou um novo conto entitulado Aí Mocinho!.
Thiré faleceu aos 45 anos de uma súbita síncope cardíaca, no prédio da alfândega do Rio de Janeiro, quando estava ao lado do ator Anselmo Duarte e amigos.
Personagens criados por Thiré:
- Bilescu, Buck e Pintado
- Raffles (Percy Meneval);
- Allan Bryce;
- Ricardo Relâmpago;
- Tapioca - O Moleque Tamoio;
- Nicolau Couro de Cobra, Suzana Mimosa Flôr e Alcides Rocha Valente.
Entre seus espetáculos destacam-se:
- Um Deus Dormiu Lá em Casa - estreia em 13 de dezembro de 1949 no Teatro Copacabana;
- Escândalos 1950 - estreia em 30 de março de 1950 no Teatro Carlos Gomes;
- Helena Fechou a Porta - estreia em 8 de junho de 1950 no Teatro Copacabana;
- Don Juan - estreia em 1951.
Abaixo texto extraído do livro ENCICLOPÉDIA DOS QUADRINHOS (L&PM - 2011) de Hiron Cardoso Goidanich (Goida) e André Kleinert:
Carlos Arthur Thiré, marido de Tônia Carrero e pai de Cecil Thiré, foi um dos nomes mais importantes dos quadrinhos brasileiros, entre 1936/42. Filho de um professor de matemática do Colégio Pedro Il e Colégio Militar, Carlos só queria desenhar, para desgosto do pai, que o desejava matemático ou engenheiro. Desde a infância tinha uma imaginação privilegiada e inventava histórias fantásticas, criativas, situadas em lugares distantes. Ganhou sua primeira oportunidade na imprensa carioca através do escritor Malba Tahan (pseudônimo de um outro professor de matemática, Julio Cesar de MeIo e Souza), grande amigo da família Thiré. Foi levado até o jornal A Noite, tornando-se ilustrador daquela publicação.
Em 1936, começou sua consagração. Olhem o testemunhal de Adolfo Aizen:
"A essa época, em 1936, ainda publicávamos no Suplemento Juvenil os sucessos de Flash Gordon, Mandrake, Tim & Tok e outros. Carlos Arthur Thiré, franzino, muito jovem, mas convicto do que fazia, ofereceu-nos seus desenhos 'para concorrer' com os estrangeiros. Era o primeiro autor brasileiro que, espontaneamente, apareceu para mostrar suas histórias. Ele nos trazia o Gavião do Riff, passada no estrangeiro, e mais tarde As aventuras de Raffles. Aceitamos. Não queríamos desanimar um talento nacional. E publicamos seus trabalhos".
Raffles alcançou muito sucesso no Suplemento Juvenil e teve como sequência A volta de Raffles, Raffles em Paris, Mr. Raffles vai a Itaipava e A maldição do faraó louco. Cada vez mais, Thiré aperfeiçoava seu estilo, moderno, dinâmico, melhor que de muitas tiras e histórias que vinham dos Estados Unidos.
A Legião estrangeira, tema de O gavião do Riff, inspiraria a Thiré a criação de uma nova série, "Três Legionários de sorte" que apareceu em capítulos primeiro na revista Vamos Ler (mais tarde reunidos em álbum). A série teve continuidade em O Tico-Tico, entre 1941/42 com o título de A nova aventura dos legionários.
Thiré ainda criaria histórias avulsas e uma série em continuação para a revista Vamos Ler, "Aí, Mocinho!", mescla de aventura e humor, onde o seu estilo adquiriu uma forma invejável.
Thiré afastou-se dos quadrinhos para prosseguir sua carreira artística como ilustrador, ator, publicitário e, a partir de 1949, na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, de São Paulo, cenógrafo, roteirista, diretor e codiretor. Ele participou dos filmes Angela, Luz Apagada e Nadando em Dinheiro.
Antes do seu prematuro falecimento, também dirigiu programas de TV (Noite de Gala, Sem Censura e Times Square). O gavião do Riff e Raffles foram republicados pela EBAL (edição fac-similada) e Três legionários de sorte teve relançamento pela revista Historieta, de Oscar Kern".
TRÊS LEGIONÁRIOS DE SORTE
Três Legionários de Sorte, escrito e desenhado por Carlos Arthur Thiré, foi criada para a revista VAMOS LER! da Editora A Noite, na forma de conto, e logo depois foi adaptada para os quadrinhos. O primeiro capítulo foi publicado no número 234 da revista "Vamos Lêr" em 23 de janeiro de 1941 e foi +/- até o 258.
Da primeira das 3 histórias, foi publicado um álbum de capa dura no tamanho 16x24 cm em P&B e com 40 páginas. Nesta primeira aventura, três amigos legionários (Licescu, Buck e Pintado), fazem uma aposta que resulta na paixão de Pintado pela filha do Coronel. No decorrer da história Pintado salva oficiais superiores, incluindo o Coronel, e documentos valiosos do terrista El-Talib. Pintado é promovido guarda-costas do Coronel e assim poderá ficar ao lado da moça.
As outras duas histórias se chamaram "Três Legionários em Ação" e "Nova Aventura dos Legionários da Sorte" publicadas na revista "O Tico-Tico".
RAFFLES
Raffles estreou nas páginas do Suplemento Juvenil nº 210 em 18 de abril de 1936. Personagem bastante parecido com com o ladrão criado por E. W. Hornung, porém,com identidade secreta diferente. Enquanto o de E. W. Hornung é Arthur J. Raffles, o de Thiré é Percy Meneval.
Alcançou muito sucesso no Suplemento Juvenil e teve como sequência A volta de Raffles, Raffles em Paris, Mr. Raffles vai a Itaipava e A maldição do faraó louco. Foi publicado nas páginas do Suplemento Juvenil e Mirim de Adolfo Aizen, entre 1936 e 1939.
Em 1941, a Grande Consórcio Suplementos Nacionais, editora fundada por Aizen publicou o álbum Mr. Raffles Vai A Itaipava. Em 1942, haviam histórias (possivelmente contos) de Raffles na Policial em Revista, outra publicação de Adolfo Aizen.
Capa Supl. Juvenil nº 210 (18 de abril de 1936)
Topo da Capa Supl. Juvenil nº 210 (18 de abril de 1936)
Álbum Mr. Raffles vai a Itaipava
Capa Supl. Juvenil nº 387 (junho/1937)
Suplemento Juvenil nº 387 (junho/1937)
RAFFLES
RAFFLES
Historieta nº 11 (1992)
Historieta nº 11 (1992) - pág 01
Historieta nº 11 (1992) - pág. 50
GAVIÃO DO RIFF
"Descreva sua galeria aqui. Você pode ocultar este elemento no menu à direita."
Escreva algo sobre suas fotos. Diga a seus visitantes o que suas imagens representam.
Suplemento Juvenil
Suplemento Juvenil
AÍ MOCINHO!
Aí Mocinho foi publicado na revista Só Lêr do nº 216 (19 de setembro de 1940) até o nº 232 (09 de janeiro de 1941). A história se desenrola a partir de um plano do vilão "Nicolau Couro de Cobra", que rapta "Suzana Mimosa Flôr" por não conseguir conquistar o seu amor, cujo coração pertence ao herói da história, " Alcides Rocha Valente". A narrativa é recheada de rimas em forma de versos. Outro interessante artifício utilizado nesta história é o de arremessar uma carta de um quadrinho para o outro.
ALLAN BRYCE
Allan Brice faz sua estréia nas páginas da revista "O Tico-Tico" em 15 de setembro de 1937. Detetive da polícia durão, daqueles típicos de filme "noir" dos anos 1930/40, que dirige um coupé e usa um chapéu e um sobretudo.
MICHEL FORMOSE, O VAGABUNDO DO MAR.
Em 1939 um naufrágio virou notícia no Diário da Noite. E virou o livro "Vagabundo no mar". Virou quadrinho, nas mãos de Thiré, que foi publicado à partir da edição 516 até a edição 521 de "A Noite Suplemento/Ilustrada".
Reportagem em quadrinhos, narrada semanalmente no suplemento A Noite Ilustrada em 1939, conta as aventuras do navegante inglês nascido em malta Michel Formose (ou Formosa). Michel tinha o sonho de percorrer o globo a bordo de um barco. Adquiriu uma pequena nave e saiu de sua terra natal, percorrendo várias partes do mundo. Ao se aproximar dos rochedos de São Pedro e São Paulo, no litoral brasileiro, por falha de um farol nas ilhas, seu barco acaba naufragando. É recolhido dias depois pelo transatlântico italiano Conte Grande, torna-se uma celebridade instantânea dando entrevistas e aparecendo em várias reportagens. Ao chegar ao Rio de Janeiro, em meio à paranoia anticomunista da época, é suspeito de atividades subversivas e por pouco não vai preso. Michel faleceu em 1941 quando o navio em que servia foi torpedeado por um submarino alemão durante a 2ª Grande Guerra.
A ILHA SAGRADA
"Descreva sua galeria aqui. Você pode ocultar este elemento no menu à direita."
Escreva algo sobre suas fotos. Diga a seus visitantes o que suas imagens representam.
O OURO DO BERGANTIM
Ainda não temos imagens. Estamos pesquisando esta aventura.
TAPIOCA, O MOLEQUE TAMOIO
Personagem criado para a revista "Vamos Ler".
Thiré foi assíduo colaborador da revista Mirim desde a nº 1.
Carlos A. Thiré marcou presença assídua desde o primeiro número da revista mirim em 18 de maio de 1937.
No primeiro número já iniciou-se uma aventura de Raffles. Depois muitos outros personagens e histórias figuraram nas páginas desta revista.
Mirim Nº 1 de 1937.
RAFFLES NA PRIMEIRA MIRIM!
A primeira aventura de Raffles na novíssima revista Mirim de Adolfo Aizen, diretor do Grande Consórcio Suplementos Nacionais, se intitulava AS JÓIAS DE REICHENBACH e teve 16 capítulos (nas primeiras 16 revistas MIRIM).
Bob Lloyd Repórter
Bob Lloyd apareceu no nº 17 da revista Mirim, logo após o término da aventura de Raffles. Lloyd é apresentado aos leitores como amigo de raffles.
A BANDEIRA PERDIDA
História em capítulos que se inicia na revista Mirim nº 28 de 14 de novembro de 1936.
Esta aventura que se passa nas selvas inexploradas do Mato Grosso entre os "terríveis" Caiapós!
NOITE TRANQUILA
Aventura completa com seis páginas publicadas na revista Mirim nº 28.
Cap. 01
Cap. 02
Cap. 03
Cap. 04
Cap. 05
Cap. 06
PINTURAS, CAPAS, DESENHOS E ILUSTRAÇÕES.
Escreva algo sobre suas fotos. Diga a seus visitantes o que suas imagens representam.
Vamos Ler nº 225 - 21/11/1940
Vamos Ler nº 235 - 30/01/1941
Mapa Pitoresco e Resumido da Cidade da Bahia em 1950. (Imagem cedida pela família. Acervo particular).
Pintura à óleo. (Imagem cedida pela família. Acervo particular).
Pintura à óleo. (Imagem cedida pela família. Acervo particular).
Pintura à óleo. (Imagem cedida pela família. Acervo particular).
Pintura à óleo. (Imagem cedida pela família. Acervo particular).
Ilustrações para a seção "Pelo Mundo" da revista "Vamos Ler".
Testimonials
What our customers write about us
You can edit text on your website by clicking on a text box on your website. If you have any questions, please visit our Support Center where we have lots of helpful articles that will assist you in creating the website of your dreams!
You can edit text on your website by double clicking on a text box on your website. Alternatively, when you select a text box a settings menu will appear.
You can edit text on your website by double clicking on a text box on your website. Alternatively, when you select a text box a settings menu will appear.